• Foste convidada a fazer parte do conselho consultivo da direção da APORMED. Como surgiu esta oportunidade e o que significa para ti? 

Há anos que colaboro ativamente na associação, sou líder do grupo de Regulatory e presidente da mesa da assembleia. O convite surgiu talvez como reconhecimento ao envolvimento, disponibilidade e contributo que já dou à associação, sempre que necessário. Para mim foi uma grande satisfação e uma grande honra integrar este conselho, mas acima de tudo para a Inibsa aumenta a sua reputação como um player importante e influente no setor. 

• Quais serão as tuas principais responsabilidades no conselho consultivo? 

O conselho consultivo foi criado para aproximar a direção da APORMED a outros associados que possam trazer valor acrescentado. Neste conselho consultivo são discutidos temas sobre como a indústria se  pode  posicionar diante da evolução do setor de MD e como superar desafios. Espero, com a minha contribuição ativa, poder influenciar decisões que impactem diretamente o setor, podendo de alguma forma moldar o ambiente regulatório, político e de mercado de forma favorável à empresa. 

• A APORMED colabora ativamente com o Infarmed e outras entidades. Que impacto achas que a tua participação pode ter nesta interação entre o setor e as autoridades? 

A APORMED, como representante do setor dos dispositivos médicos, defende os interesses das empresas associadas, colabora com a entidade reguladora e tem voz e reconhecimento. Dou-vos um exemplo: Sempre que há uma proposta legislativa, a APORMED é chamada para enviar comentários. Portanto, estar presente nestes fóruns é fundamental para poder passar a palavra  do setor e poder influenciar temas que possam ser do seu interesse. 

Por outro lado, ter acesso a informações sobre mudanças na regulação, inovação tecnológica,  tendências de mercado e outros desenvolvimentos que possam afetar a indústria é um privilégio. Este conhecimento permite à empresa (Inibsa) preparar-se melhor para os desafios e oportunidades futuras. 

• O que achas que a tua experiência no setor dos dispositivos médicos pode trazer para o trabalho da APORMED? 

Trabalho na área de MD há muitos anos, já trabalhei no INFARMED, bem como na EMA. É um setor que conheço muito bem, por isso espero poder contribuir com uma combinação de conhecimento técnico, experiência e visão estratégica que ajude a posicionar a associação e o setor rumo ao crescimento, à inovação e à adaptação das novas exigências regulatórias e de mercado, bem como definir prioridades estratégicas. 

• Que objetivos te propões a curto e longo prazo como membro do conselho consultivo da APORMED? 

Para mim é sempre um grande desafio poder ajudar a solucionar desafios comuns e promover o desenvolvimento da indústria. Os meus objetivos gerais integram dois aspetos: contribuir para o conselho consultivo com a minha visão e ideias, sem esquecer os interesses específicos da Inibsa. Há alguns pontos que considero importantes: reforçar a representatividade do sector dentário dentro da APORMED e trabalhar numa simplificação dos processos regulatórios nacionais, eliminando a redundância com os processos europeus.  Outro tema, ainda que embrionário, mas muito interessante é contribuir para a capacitação do setor dentário em temas como a Transformação Digital em Saúde e como isso pode impactar nossos negócios e quais soluções poderíamos encontrar.