Estabelecer uma Relação de Confiança
A base de um atendimento em medicina dentária bem-sucedido para pacientes com necessidades especiais começa com a criação de uma relação de confiança entre o profissional, o paciente e seus responsáveis. A comunicação antecipada e contínua facilita o entendimento das expectativas e melhora a colaboração durante os procedimentos.
Visitas Iniciais Adaptadas
É altamente recomendável realizar consultas iniciais que não envolvam procedimentos invasivos, com o objetivo de familiarizar o paciente com o ambiente e os profissionais da clínica. Estas consultas devem ser curtas e adaptadas às necessidades do paciente, proporcionando uma experiência sem pressões. Finalizar a consulta de forma positiva fortalece a relação e prepara o paciente para futuras consultas. (1)
Comunicação Clara e Objetiva
A clareza na comunicação é um fator essencial, especialmente em crianças com dificuldades de compreensão ou de comunicação, como as que estão dentro do espectro do autismo. Usar uma linguagem simples e objetiva ajuda a reduzir a ansiedade, permitindo que o paciente e os responsáveis se sintam mais seguros durante o processo.
Técnica de "Mostrar-Fazer"
A técnica de "mostrar-fazer" envolve demonstrar ao paciente, de forma visual e prática, o que ocorrerá durante o tratamento. Isso pode ser feito utilizando modelos ou equipamentos dentários, o que ajuda a antecipar o procedimento e a reduzir o medo. Além disso, é importante manter um tom calmo e garantir que todos os envolvidos compreendem os detalhes do tratamento. (1)
Controlo do Ambiente
O ambiente clínico deve ser ajustado para minimizar a sobrecarga sensorial de crianças com necessidades especiais. Pequenas mudanças no ambiente podem fazer uma grande diferença na experiência do paciente.
Ajustes Simples para Conforto Sensorial
Reduzir ruídos excessivos, ajustar a iluminação e retirar objetos que possam distrair o paciente são medidas simples, mas muito eficazes para criar um ambiente mais tranquilo e acolhedor. Essas modificações contribuem para um espaço que promove a calma e a cooperação do paciente. (1)
Técnicas de Dessensibilização Gradual
A dessensibilização gradual é uma abordagem eficaz para reduzir o medo de crianças que não estão acostumadas ao ambiente em clínica. Esta técnica permite que o paciente se familiarize com a clínica e os procedimentos sem causar grandes impactos emocionais.
Visitas de Familiarização
Realizar consultas onde o paciente apenas interaja com os profissionais e equipamentos, sem realizar tratamentos invasivos, pode ser extremamente útil para reduzir a ansiedade. Essas visitas de "preparação" ajudam a construir uma familiaridade com o ambiente, tornando as próximas consultas mais confortáveis e menos assustadoras. (1)
Uso Adequado de Anestesia Local
A administração de anestesia local em pacientes pediátricos requer especial atenção, especialmente em crianças com baixo peso corporal. O uso adequado de anestesia é crucial para garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento, o que pode contribuir significativamente para a redução da ansiedade.
Anestesia Local para um Procedimento Sem Dor
Antes de aplicar a anestesia local, pode-se usar anestésicos tópicos para minimizar a sensação de dor da agulha. Isso ajuda a garantir que o paciente não sinta desconforto, o que é um fator importante para manter a calma durante o tratamento. (1)
Conclusão
Minimizar a ansiedade de pacientes pediátricos com necessidades especiais é um objetivo alcançável com o uso adequado de estratégias de comunicação, ajustes no ambiente, técnicas de dessensibilização gradual e administração cuidadosa da anestesia. Ao adotar essas práticas, os profissionais podem oferecer um atendimento mais seguro, eficiente e confortável, garantindo a colaboração do paciente e proporcionando uma experiência positiva.
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Fonte: (1) Malamed Stanley – Manual pg 410